Diana Domingues |
MS. ¿Cómo caracterizarías el concepto instalación? |
Instalação é um lugar. A sala ou um outro espaço onde o artista realiza o trabalho é também tratado como um material. O espaço é incorporado ao conceito do trabalho e oferecido para o corpo inteiro descobrí-lo en seus deslocamentos. As instalações são um habitat para o corpo e se inserem na arte da participação, oferecendo experiências estéticas a serem vividas naquele momento e lugar, em situações de inclusão ou incrustação e de interação. Em minhas produções no campo da arte e tecnologia, o conceito de instalação deve ser ampliado para um lugar onde são criadas situações com dispositivos tecnológicos: circuitos fechados, imagens ampliadas, telas múltiplas, microfones, câmeras de eco, câmeras de vigilância, dispositivos de interação e interfaces computacionais reconfiguram o ambiente e permitem que a energia natural do corpo se mescle à energia artificial dos aparelhos. Num estado de incrustação, o corpo inteiro, em presença cênica, age no ambiente movimentando todos os sentidos. O «trompe l¹oeil» é ampliado para o «trompe les sens». As instalações multimídia, como diz o termo, somam várias mídias e oferecem estímulos de natureza visual, auditiva, tátil, provocando sensações que demandam a interconexão dos vários sentidos relacionados durante a exploração espacial. Ocorre a sinestesia (do grego sun, e aisthésis, sensação). Acontecimentos vividos pelo corpo incrustado no ambiente fazem com que o visual se relacione aos outros sentidos. O todo é mutante por ações respondidas pelos dispositivos tecnológicos. O visitante remonta o todo pelas diversas conexões na mente processando os sentidos e construindo o sentido. |
MS. ¿Qué aportan particularmente las instalaciones a tu trabajo plástico? |
Como artista venho realizando instalações multimídia e instalações interativas com tecnologias eletrônicas e com tecnologias digitais para que as pessoas experimentem propagações da consciência numa mescla da vida orgânica e inorgânica. Crio ambientes onde o comportamento do visitante determina algum tipo de mutação em espaços sensorizados com repostas obtidas a partir de dispositivos. Ofereço situações para um corpo tecnologizado. Interessa-me cada vez menos a arte da representação como o objeto fechado de uma pintura, de uma escultura ou mesmo de instalações que exploram o espaço fixo da matéria. Não quero oferecer coisas acabadas. Prefiro os acidentes, as mutações onde novas identidades podem emergir. Manipulo o «sublime tecnológico», como algo que nos ultrapassa e que não pode ser representado de forma fixa e imutável de um suporte fechado ou na moldura de um quadro, fotografia ou vídeo. Quando interagimos temos respostas das máquinas que nos devolvem uma identidade transformada. Somos nós, mas somos diferentes em situações que expandem nosso corpo biológico. Conectados nós não experimentamos somente a pura subjetividade interpretativa. O conceito de interface é diverso do sur-face( francês e inglês = surface ou superfície) ou sobre a face . Quando falamos em interface temos que pensar em contatos de superfícies diferentes que se conectam de alguma forma fazendo com que corpos diferentes partilhem de uma mesma decisão. As interações são inter-relações ou interdecisões tomadas por corpos diferentes. No caso das tecnologias interativas, estão conectados o corpo biológico e o corpo sintético das máquinas. A mente do homem e a mente de silício do computador. O sistema nervoso biológico e as redes nervosas da máquina. E nestas relações, temos feedbacks que não seriam possíveis sem as máquinas . Na efemeridades das trocas, nós experimentamos identidades mutantes e nos refazemos nestas passagens, no trânsito com estas coisas tecnológicas. O «real» está neste intervalo. Esta é uma enigmática experiência de TRANS-E . Em minhas instalações o corpo habita «zonas elípticas» ou zonas de intervalo que se fazem pela simbiose da vida natural e artificial. Todas estas questões se inserem em um campo perceptivo novo, num vasto campo de reflexão que emerge nas últimas décadas que se volta a estruturas de processos mentais e de subjetividade reenquadrados no contexto das relações homem/máquina na era digital. |
MS: ¿Qué idea de espacio artístico contienen las instalaciones? ¿Se relacionan, a tu juicio, con el espacio de las concepciones físicas actuales? |
Vou discorrer mais diretamente sobre minhas instalações com tecnologias, numa situação híbrida e que estabelecem ligações com pesquisas científicas que tratam da velocidade, do movimento, da duração, problemas ópticos, sistemas complexos e com teorias da percepção mais recentes que estudam modelos de funcionamento do nosso cérebro e que se inserem no campo das ciências cognitivas com questões da robótica, da inteligência artificial, de redes neurais mescladas a problemas da arte. O pensamento artístico se desloca, portanto, de um terreno artístico-estético para apontar questões interdiscursivas com conhecimentos provenientes de outros campos do saber humano. O que se verifica é uma mistura do real e do virtual tecnológico. Ocorre uma relação dialética entre o estável e o instável, o fixo e o móvel, o imutável e o mutante em imprevisibilidades, acasos e outras características de sistemas complexos. Esta é a idéia de um espaço intervalar, de uma «zona elíptica» onde o que ocorre se faz na relação do corpo com as tecnologias. O fator importante nas instalações com tecnologias é que a multiplicidade dos estímulos está condicionada sempre à imaterialidade, efemeridade, instabilidade, por processos de escolhas e decisões, por circulações em estruturas de navegação de natureza labiríntica e que exigem um diálogo do participante com o que é proposto pelo artista no espaço da matéria e no espaço de dados das memórias eletrônicas. No espaço das instalações existem topografias e cronotopias. Topografias ou lugares fixos que delimitam o espaço e cronotopias ou espaços topográficos que se fazem no tempo a partir dos dispositivos tecnológicos durante conexões efêmeras. Estas respostas nos colocam diante do conceito de tempo real ou seja do imediatismo das respostas que reconfiguram o ambiente. Devo distinguir minhas instalações com dispositivos de vídeo e som como câmeras, microfones, cameras de eco ou outras tecnologias analógicas que prolongam as ações do corpo, das instalações interativas com tecnologias digitais e sensoriamento, onde além da captura de sinais do corpo em ação tem respostas que são entendidas e devolvidas pelo computador em tempo real. A «vida» do espaço por respostas geradas pelo «cérebro» do computador não só prolonga o corpo e muitas vezes escapa ao nosso controle. O corpo prolongado em situações analógicas, é o caso de minha instalação TRANS-E, O Corpo e as Tecnologias (1994) e de seus quatro ambientes, enquanto em minha instalação, TRANS-E, My Body, My Blood (1997) e nos meus projetos em desenvolvimento como OUR HEART as ações do corpo têm respostas de memórias digitais e seus bancos de dados. |
MS: ¿Qué hace la instalación con el espacio donde se instala? |
Na história da arte, a intenção dos artistas em chamar a atenção para o espaço têm vários antecedentes. Entre eles estão as transparências do «Grande Vidro» por Marcel Duchamp que incorporam o que está ao redor. As instalações se apropriam definitivamente do espaço, oferecendo-o como um espaço de dados que exige um trabalho de memória durante a sua descoberta. O artista ao instalar, programa o lugar para determinadas experiências sensíveis. A instalação metaforiza a arquitetura da mente. Num lugar habitado pelo corpo, o todo é construído pelas idas e vindas, por ações físicas e mentais num trabalho de memória. As participações nos ambientes sempre são por ações neuro-motoras. Gostaria de ligar o conceito de instalação ao de caixa ou cubo. Há quatro partes que fecham um espaço. É um lugar onde se entra com o corpo e que nunca poderá ser fruido na totalidade de suas relações espaciais e temporais de uma só vez. Na descoberta de espaços como um quarto, uma sala ou outro ambiente, há situações que estão atrás, na frente, em cima. O todo se faz numa verdadeira arquitetura da mente pelas diferentes partes somadas, lembradas, esquecidas. Podemos tomar como antecedentes das instalações as experiências em arte que envolvem o corpo inteiro, numa dimensão cênica e compará-las ao envolvimento do corpo nas experiências estéticas dos templos gregos, das grandes catedrais e palácios e das pinturas em grandes dimensões. Nestes espaços, o trabalho da memória se dá quando o corpo em presença cênica descobre o espaço e a memória registra e relaciona os dados estocados. Da mesma forma, as relações com o espaço de uma instalação oferecem um dinamismo espacial em relações do corpo com o espaço arquitetônico. Nas instalações com tecnologias, os dados se tornam mais complexos porque o corpo passa entre os dispositivos, enquanto sons e imagens passam nas telas luminosas se fazendo e se regenerando na velocidade de trinta quadros por segundo. Os corpos que circulam no espaço não assumem uma atitude contemplativa, mas devem estabelecer relações que são estimuladas por elementos perceptivos diversos. O andar, o ouvir, o ver, o tocar provocam relações diferentes. |
MS: ¿Cómo se articula ese espacio literal «entre» los sólidos incluidos en el trabajo-instalación con el espacio imaginario de toda (es mi criterio) ficción artística? ¿Significa el primero la disolución del segundo...? |
O mais importante nas instalaçõescom tecnologias é que o imaginário está dissolvido, se contamina e se regenera no imaginário das máquinas e nas interaçõe, a imaginação do artista se dispersa por acontecimentos provocando estados de acasos e metamorfoses. |
MS: ¿Qué aspectos de la temporalidad envueltos en el proceso pueden ser específicos de las instalaciones? |
As instalações que oferecem possibilidades de experimentar acontecimentos através do diálogo com memórias de máquinas externas ao corpo exploram o tempo real e o imediatismo de processos vividos através de sistemas artificiais. O computador nos coloca diante da noção de sistema em que o todo é mais do que a soma das partes: o todo são as múltiplas conexões. O computador é tomado como um sistema e não somente como mais uma ferramenta para pintar. O computador é visto na sua capacidade de entender determinados comportamentos do participante. É a idéia de arte como processo e não mais como obra/objeto ou outro produto que não contém em si o gérmen da mutabilidade. A intervenção do «espectador» é ativa e participativa. Os resultados desta participação se fazem em tempo real, ou no tempo em que se está interagindo. Existem graus maiores e menores de interação, mas em qualquer que seja seu nível, ocorrem mudanças pela ação de quem interage. Estamos diante de uma arte que enfatiza a transformação, a metamorfose. |
MS: ¿Crees que el tiempo de la recepción-ambulatoria de una instalación es más libre que el del contorneo de una escultura por parte de un espectador, o el del recorrido de una obra arquitectónica, por ejemplo? |
As instalações se colocam no território da arte da participação que pode se dar de diferentes formas e em diferentes níveis: inclusão-interação. Na inclusão, o espectador visita a obra, está dentro dela. Ele penetra no lugar e não contempla de fora como num quadro ou ao se deslocar ao redor em torno de uma escultura sem poder habitá-la. Num ambiente, a ação é performance e por ações motoras numa descoberta do espaço e nos ambientes com dispositvos tecnológicos há ainda uma interação física que é também de ordem comunicativa porque gera respostas no ambiente. A atitude contemplativa e estéril de olhar para um quadro, uma escultura é substituída pelo conceito de «relação». Nas relações espaço-temporais o corpo vive num prazer direto, de contato, fazendo parte. Nas instalações interativas as relações do antigo espectador ainda se somam às conseqüências físicas por contato direto, corporal com a obra. Um novo campo relacional se abre com as interfaces computacionais que capturam sinais dos corpos como o assoprar, respirar, falar, pisar, tocar, andar com respostas imediatas e que nos devolvem respostas em tempo real. Entre as últimas se inscrevem também os ambientes imersivos da realidade virtual. Nestas produções os artistas demandam a total colaboração do antigo público que deve agir no espaço, sob pena de nada acontecer. |
MS: ¿Qué representan las instalaciones para el concepto de sujeto: es éste un sujeto en verdad interior o de todos modos exterior al proceso concreto de arte? |
A «verdade interior» é um conceito do sujeito moderno. Está ligada a noção de ex-pressão (pressão que está dentro e que vai para fora, se exterioriza). Ora, com as tecnologias eletrônicas e o pós-biológico, o sujeito interagindo dialoga, portanto, com «verdades externas». As verdades do sujeito se contaminam com os dados de memórias eletrônicas. Em minhas instalações estou propondo situações sensíveis em que as tecnologias interativas são capazes de dotar o ambiente com a capacidade de responder e se adequar de modo a continuar operando de uma maneira eficiente. As trocas de energias entre as pessoas e as máquinas promovem estados de consciência em backpropagations experimentadas em tempo real por conexões com os circuitos lógico-digitais.
A situação de troca com o objeto artístico possibilitada ao público se insere remotamente no princípio de incrustação ou inclusão, próprio das poéticas participacionistas dos anos 60, cuja fonte principal são as teorias de origem duchampiana, retomadas intensamente por John Cage, pelo grupo Fluxus, pelos happenings e outras manifestações da época. Esta arte totalmente submetida ao acontecimento, ao imprevisível, à idéia de o corpo em ação nos leva aos limites de rituais para o corpo, ou seja um corpo em ação em torno de um objeto, incluído em um lugar ou desenvolvendo uma determinada ação. Mas nas produções em AI ou Arte Interativa que venho realizando, não se trata mais somente de incluir o visitante como um participante da experiência, numa poética própria das atitudes duchampianas. Sinais do corpo no espaço se conectam à energia dos aparelhos e manipulam as memórias invisíveis de seus espaços de dados em atividades performativas em tempo real numa soma do orgânico e do inorgânico. Na interatividade permitida pelas tecnologias eletrônicas, quando o homem utiliza botões, controles remotos, terminais de telecomunicações, penetra nos labirintos dos bancos de dados, não se trata somente percorrer espaço, mas de estabelecer diálogos efetivos. Surgem mundos inimaginados de paisagens digitais escondidas no escuro dos dados dos computadores que são cegos. A inimaginação é devida a mundos que surpreendem porque não são possíveis no mundo da matéria. Pensemos em uma paisagem fractal, nos giros espaciais de paisagens em 3D ou nas respostas de redes neurais artificiais. Estas e outras situações nos tomam de surpresa. Não damos conta de imaginá-las. |
MS: ¿Es decisivo para el sujeto perceptor, a tu parecer, involucrarse con un espacio actual (no un simulacro, sino penetrable, transitable)? |
Em minhas instalações com tecnologias analógicas, exploro o princípio de colagem pela soma de várias mídias. São videoinstalações ou instalações multimídia que possibilitam a inclusão ou incrustação do participante num prolongamento de ações de natureza analógica, ou seja mantendo características espaciais e temporais das ações determinadas pelo corpo em ação. Numa outra dimensão participativa/interativa estão minhas instalações com a linguagem numérica das tecnologias digitais em que utilizo computadores onde se pode atingir o tecido eletrônico, desencadeando decisões de hardwares e softwares programados para os ambientes.
Em ²TRANS-E² - O Corpo e as Tecnologias ofereço momentos poéticos do corpo humano escrutinado por avançadas tecnologias médicas: ecografias, tomografias computadorizadas, videolaparoscopias são mescladas a livros de medicina, tonéis de ferro corroído, grandes telas com projeções de ecografias como paisagens cardíacas, objetos pessoais, peles de cordeiro, além de dispositivos de participação. Cameras gravam, microfones amplificam o corpo e a voz do visitante. Nas instalações, além das imagens há sensores infravermelhos que reagem à presença do corpo. TRANS-E é obra «organismo». Quando as pessoas ouvem sua voz, vêem-se na TV ou agem sobre os líquidos fazendo com que os aparelhos assumam funções orgânicas pois estão conectados ao corpo pelas interfaces, ocorre vida no ambiente e as energias são reveladas. Como outros artistas do campo da arte Interativa, eu estou interessada em obter respostas, deixar marcas, mesmo que transitórias através de metamorfoses que acontecem no processo de descoberta da obra. As tecnologias de alta performance capturam ações silenciosas do ato de perceber. |
MS: ¿Es decisivo para el sujeto perceptor, a tu parecer, involucrarse con un espacio actual (no un simulacro, sino penetrable, transitable)? |
Em minhas instalações com tecnologias analógicas, exploro o princípio de colagem pela soma de várias mídias. São videoinstalações ou instalações multimídia que possibilitam a inclusão ou incrustação do participante num prolongamento de ações de natureza analógica, ou seja mantendo características espaciais e temporais das ações determinadas pelo corpo em ação. Numa outra dimensão participativa/interativa estão minhas instalações com a linguagem numérica das tecnologias digitais em que utilizo computadores onde se pode atingir o tecido eletrônico, desencadeando decisões de hardwares e softwares programados para os ambientes. Em ²TRANS-E² - O Corpo e as Tecnologias ofereço momentos poéticos do corpo humano escrutinado por avançadas tecnologias médicas: ecografias, tomografias computadorizadas, videolaparoscopias são mescladas a livros de medicina, tonéis de ferro corroído, grandes telas com projeções de ecografias como paisagens cardíacas, objetos pessoais, peles de cordeiro, além de dispositivos de participação. Cameras gravam, microfones amplificam o corpo e a voz do visitante. Nas instalações, além das imagens há sensores infravermelhos que reagem à presença do corpo. TRANS-E é obra «organismo». Quando as pessoas ouvem sua voz, vêem-se na TV ou agem sobre os líquidos fazendo com que os aparelhos assumam funções orgânicas pois estão conectados ao corpo pelas interfaces, ocorre vida no ambiente e as energias são reveladas. Como outros artistas do campo da arte Interativa, eu estou interessada em obter respostas, deixar marcas, mesmo que transitórias através de metamorfoses que acontecem no processo de descoberta da obra. As tecnologias de alta performance capturam ações silenciosas do ato de perceber. |
MS: ¿Cómo se concertan allí ‹en las insta-laciones‹ las funciones de azar (lo aleatorio) y determinación causal; lo imprevisto y lo predeterminado? |
A dimensão do acaso, do aleatório, do imprevisto e do pré- determinado, fica mais ampliada em instalações e projetos no campo da Arte Interativa com tecnologias digitais. As interações pelo uso de interfaces com-putacionais nos colocam diante da estética permutacional de sistemas complexos de aquisição e comunicação de dados. A passagem do analógico para o digital, ou seja pela incorporação do numérico possibilita níveis mais altos de participação, em decisões partilhadas com as máquinas através de processamento de dados em tempo real. Busco então explorar situações poéticas que revelem a indeterminação e complexidade próprias dos espaços de dados eletrônicos suas surpresas, acasos e imprevistos. Na exposição TRANS-E, My Body, My Blood, exploro Redes Neurais Artificiais para o controle de um ambiente interativo. As redes e o sensoriamento determinam a vida do ambiente que incorpora pesquisas avançadas em artes integrada à informática e à automação. As Redes Neurais se constituem em modelos matemáticos que visam a simular o funcionamento do cérebro (funções como aprendizado, reconhecimento, etc) e, mesmo que ainda bastante limitadas, simulam o sistema neurológico humano podendo tratar problemas não-lineares através de algorítmos. É possível se controlar determinados comportamentos e programar mutações do ambiente em tempo real. O ambiente é programado para apresentar imagens como «visões» controladas pelas RNA que administram as animações em variáveis programadas que serão interpretadas pelo computador. A rede reconhece padrões pré-definidos e interpreta os valores de entrada devolvendo um valor de saída que é interpretado por uma interface para o acionamento da animação. Os corpos são entendidos pelas tensões espaciais que estabelecem ao ativar o campo sensorizado do ambiente, ou ainda pelo tempo que os corpos ocupam determinados pontos do espaço em sinais emitidos por um ou mais participantes isoladamente e de forma relacional num ambiente divido em três estágios diferentes de programação de um «transe xamânico». O sensoriamento através de um tapete proporciona à rede neural as entradas dos valores para o processamento (inputs) e a tomada de decisão da solução, no caso, da animação a ser acionada gera uma «visão» na sala. Os estímulos da RNA são os valores retornados pelos sensores e a saída da rede se faz em sequências de imagens em outputs. Os estados de transe são as «visões» que a RNA decide no aparecimento das imagens que resultam de diálogos com as memórias invisíveis de bancos de dados. |
MS: ¿Cuál es tu énfasis en la instalación, el polo conceptual, el polo sensible? |
Interessa pensar as instalações como um novo campo sensório-perceptivo numa passagem da arte da representação para uma arte processual que revela determinados comportamentos humanos partilhados com as máquinas. Os computadores são proteses cerebrais que nos levan a processos cognitivos e mentais diversos, permitindo propagações de auto-imagem e da identidade a partir de situações vividas com máquinasO corpo como aparato biológico experimenta a fusão com a vida de silício, imergindo numa zona intervalar.. Como artista uso as tecnologias interativas para enviar, transformar e receber idéias, emoções vividas por un corpo tecnologizado. |
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